quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

domingo, 23 de maio de 2010

A viagem de Tales de Mileto pelo Nilo

_Após alguns dias de viagem interrompida por numerosas escalas nas cidades à margem do rio, ele a avistou. Erguida no meio de largo platõ, não longe da beira do rio, a pirãmide de Quéops! Tales nunca tinha visto nada tão importante. Duas outras pirâmides, a de Quéfren e a de Miquerinos, se elevavam no platô; ao lado daquela, pareciam pequenas, e olhem que... Durante toda a viagem pelo Nilo os viajantes bem que o tinham avisado. As dimensões do monumento superavam tudo o que ele havia imaginado. Tales desembarcou da falua. À medida que se aproximava, seu andar foi ficando mais lento como se o monumento por sua simples massa conseguisse moderar sua marcha. Sentou-se, vencido. Um felá de idade definida acocorou-se ao
seu lado. " Sabes, estrangeiro, quantos sem dúvida. " "Diz: dezenas de milhares." "Dezenas de milhares!" "Diz; centenas de milhares. " "Centenas de milhares!" Tales fitou-o incrédulo. "Talvez mais", acrescentou o felá. "Por que tantos mortos? Para abrir um canal? Represar um rio? Fazer uma ponte?Construir uma estrada? Erguer um palácio? Erigir um templo em homenagem aos deuses? Cavar uma mina? Não consegues adivinhar. Esta pirâmide foi erguida pelo faraó Quéops com o único objetivo de obrigar os humanos a se persuadir da prórpria pequenez A construção devia superar todas as normas para nos oprimir: quanto mais gigantesca ela fosse, mais ínfimos nós seríamos. O objetivo foi alcançado. Eu te vi chegar e, em teu rosco, vi se desenharem os efeitos dessa imensidão. O faráo e seus arquitetos quiseram nos forçar a admitir que esta pirâmide e nós não somos mensuráveis pela medida!" Tales já tinha ouvido uma especulação assim sobre a intenção do faraó Quéops, mas nunca tão descaradamente, tão precisamente enunciada. "Não somos mensuráveis pela mesma medida!" Aquele monumentovoluntariamente desmedido o desafiava. Depois de 2 mil anos, a construção, embora erguida pela mão humana, estava além do conhecimneto dos homens. Quaisquer que tenham sido os objetivos do faraó, uma coisa era certa: a altura da pirâmida era impossível de ser medida. Era a construção mais visível do munjdo habitado e a única que não podia ser medida. Tales resolveu enfrentar o desafio. A noite toda o felá falou. O que ele contou a Tales ninguém nunca soube. Quando o sol clareou o horizonte, Tales se levantou. Viu sua sombra se estender na direção oeste; pensou que, qualquer coisa que fosse a peque3nez de um objeto, sempres existe uma luz que o torna grande. Ficou um bom tempo se pé, imóvel, os olhos fixos na mancha escura que seu corpo fazia no chão. Viu-a diminuir à medida que o sol subia no céu. "Como minha mão não pode efetuar a medição, meu pensamento vai fazê-lo", prometeu-se. TAles observou longamente a pirâmide; precisava encontrar um aliado "à medida" do seu adversário. Lentamente, seu olhar foi de seu corpo à sua sombra, de sua sombra a seu corpo, depois voltou-se para a pirâmide. Enfim ergueu os olhos, o sol laçava seus raios terríveis. Tales acabava de encontrar seu aliado! Seja o Hélio dos gregos ou o deus Rá dos egípcio, o sol não faz nenhuma distinção entre as coisas do mundo, trata todas do mesmo jeito. É o que mais tarde, na Grécia, concerindo aos omens entre si, se chamará democracia. Tratando de modo semelhante o homem menúsculo e a gigantesca pirâmide, o sol estabelece a possibilidade da medida comun. Disso deduziu o seguinte: no instante em que minha sombra for igual à minha estatura, a sombra da pirâmida será igual à sua altura! Aí esta a idéia procurada. Agora tinha que executá-la. Tão não podia efetuar soainho a operção,. Precisavam ser dois. O felá topo ajudá-lo. Talvez tenha sido assim mesmo que a coisa aconteceu.
No dia seguinte, desde o nascer do sol, o felá se dirigiu para o monumneto e sentou-se à imensa sombra da pirâmida. Tales traçou na areia uma circunferência de raio igual a sua altura, postou-se no centro e ficou de pé bem reto. Depois fixou com os olhos a ponta da sua sombra. Quando esta tocou a circunferência, isto é, deu o grito combinado. O felá, que esta à epera, fincou imediatamente uma estaca no lugar atinhgido pela extremidade da sombra da pirâmide. Tales correu para a estaca. Juntos, sem tocar uma palavra, com a ajuda de uma corda bem estica, mediram a distância que separa a estaca da base. Quando calcularam o comprimento da sombra conheceram a altura da pirâmide! TAles pulou na falua. Na margem, o felá. Tales estava contente de si, Com a ajuda do felá, ele havia inventado uma artimanha. A vertical é incessível? Posso obtê-la pela horizontal. Não posso medir a altura porque ela se perde no céu? Medirei sua sombra aplanado no chão. Com o "pequeno"medir o "grande". Com o "acessível" medir o "inacessível". Com o "próximo " medir o "distante".m
-A matemática é ou não é uma artimanha do espírito?
Extraído do livro: O TEOREMA O PAPAGAIO
autor: DENIS GREGY

sábado, 8 de maio de 2010

A inteligência é genética?

Acham que NAO

As teorias que relacionam raça e inteligência se baseiam num pressuposto: a inteligência pode ser medida em pontos. Mas o próprio conceito de QI é questionado. O psicólogo americano Howard Gardner desenvolveu, a partir da década de 1980, a teoria das inteligências múltiplas. Seriam oito os tipos de inteligência: lógico-matemática, lingüstica, espacial, musical, físico-cinestésica, intrapessoal, interpessoal e natural. Eles seriam ativados dependendo dos valores de cada cultura, oportunidades disponíveis e decisões pessoais-nunca pela cor da pele.
Na obra The Mismeasure of Man (A Falsa Medida do Homem), de 1981, o paleontólogo Stephen Jay Gould mostra como, desde o século 19, teorias sobre a hierarquização das raças humanas serviram de suporte para teses discriminatórias. Um exemplo: trabalhos do psicólogo britânico sir Francis Galton (1822-1911) afirmam que "negros estão dois degraus abaixo dos anglo-saxões em inteligência". A teoria serviu de justificativa para o excravismo americano. Inspirados nos movimentos eugênicos (que estudam as condições de aprimoramento genético), os nazistas mataram 200 mil deficientes físicos e mentais e esterilizaram outros 400 mil nas décadas de 1930 e 1940.
Há 12 milhões de judeus no mundo. Mesmo assim, eles ganharam 25% dos Prêmios Nobel. Há genética nessa relação? Não, segundo o jornalista Gilberto Dimenstein, membro do conselho editorial da Folha (e judeu). "O que existe entre judeus é uma reverência obsessiva pelo conhecimento, que vem de gerações".
Com a palavra o biólogo americano Craig Venter, um dos decodificadores do genoma humano: "A cor da pele como sinônimo de raça é um conceito social, e não científico. Não há base no código genético humano de que a cor da pele pode ser predicativo de inteligência", disse ao jornal The Times.

A inteligência é genética?

A relação entre raça e inteligência é especulada desde o século 16. O debate voltou com força aos noticiários depois dos comentários de James Watson. Prêmio Nobel de Medicina, pai do DNA, Watson afirmou ao jornal britânico Sunday Times que "a inteligência dos africanos não é a mesma do que as demais raças". Desde então, cientistas, psicólogos e educadores tomaram posições contra e a favor dessas declarações.
Acham que SIM

Com a repercussão negativa, James Watson publicou um artigo no londrino The Independent. Ensaiou uma retratação, mas pouco se moveu do raciocínio inicial . "Não se trata de superioridade ou inferioridade, mas de buscar entender as diferenças".
Em 1994 o cientista político Charles Murray e o psicólogo Richard Hernstein lançaram o livro The Bell Curve (A Curva do Sino). Na obra, Murray e Hernstein afirmam que, nos Estados Unidos, os 3o0 milhões de afro-americanos tinham um quociente de inteligência (QI) mais baixo que os americanos de origem européia. A diferença, ao menos em parte, seria genética.
Em entrevista a Sérgio Dávila, da Folha de S. Paulo, Murray saiu em defesa de James Watson. Segundo ele, testes feitos em países africanos ( e por psicólogos negros) confirmam que a inteligência dos habitantes da África subsaariana é baixa. O líder sul-africano Nelson Mandela, diz Murray, seria exceção que confirma a regra. Mas o maior talento do sul-africano, diz, não seria a inteligência, mas a liderança.
O geneticista bruce Lahn, da Universidade de Chicago, também se alinha com Watson. Em artigo na revista Science, anterior à atual celeuma, Lahn disse que africanos e leste-asiáticos têm incidência mais baixa de dois genes relacionados à inteligência.
Para alguns autores, os judeus teriam inteligência privilegiada. É o caso do próprio Charles Murray e de Jon Entire, autor do livro Abraham´s Children; Race, Identy and the DNA of the Chosen People (As Crianças de Abrão; Raça, Identidade e o DNA do povo Eleito). Segundo Entire (que é Judeu), o QI de um judeu ashkenazi (da Europa Oriental) varia entre 107 e 115 pontos, enquanto a média da humanidade é de 100. O símbolo maior da tese é o físico Alemão Albert Einstein, criador da Teoria da Relatividade.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Torre de Babel



A Torre de Babel, citada na Bíblia, provavelmente é o templo de Etemenanki, na Babilônia (Babel, em hebraico), a maior cidade da Mesopotâmia, que viveu seu apogeu em 605-562 a.C. e foi conquistada pelos persas em 539 a.C. (Pieter Brugeghes, A construção da torre de Babel, Kunsthistorisches Museum, Viena)

Porta de Ishtar



O revestimento de tijolos esmaltados é uma característica da arquitetura babilônica, que tem uma de suas maiores realizações na Porta de Ishtar. Esse monumento à deusa do amor e da fecundidade foi destruído, mas podemos ter uma idéia de seu esplendor graças à reconstituição, em tamanho natural, que se encontra no Staatliche Museum, Berli,.

Lúxor

Uma vez por ano, o deus do Sol, Amon, subia o rio
Nilo para se instalar em Lúxor. A fim de abrigá-lo condignamente, seus devotos construíram esse templo repleto de colunas que, mesmo em ruínas, continua sendo imponente.