sábado, 8 de maio de 2010

A inteligência é genética?

A relação entre raça e inteligência é especulada desde o século 16. O debate voltou com força aos noticiários depois dos comentários de James Watson. Prêmio Nobel de Medicina, pai do DNA, Watson afirmou ao jornal britânico Sunday Times que "a inteligência dos africanos não é a mesma do que as demais raças". Desde então, cientistas, psicólogos e educadores tomaram posições contra e a favor dessas declarações.
Acham que SIM

Com a repercussão negativa, James Watson publicou um artigo no londrino The Independent. Ensaiou uma retratação, mas pouco se moveu do raciocínio inicial . "Não se trata de superioridade ou inferioridade, mas de buscar entender as diferenças".
Em 1994 o cientista político Charles Murray e o psicólogo Richard Hernstein lançaram o livro The Bell Curve (A Curva do Sino). Na obra, Murray e Hernstein afirmam que, nos Estados Unidos, os 3o0 milhões de afro-americanos tinham um quociente de inteligência (QI) mais baixo que os americanos de origem européia. A diferença, ao menos em parte, seria genética.
Em entrevista a Sérgio Dávila, da Folha de S. Paulo, Murray saiu em defesa de James Watson. Segundo ele, testes feitos em países africanos ( e por psicólogos negros) confirmam que a inteligência dos habitantes da África subsaariana é baixa. O líder sul-africano Nelson Mandela, diz Murray, seria exceção que confirma a regra. Mas o maior talento do sul-africano, diz, não seria a inteligência, mas a liderança.
O geneticista bruce Lahn, da Universidade de Chicago, também se alinha com Watson. Em artigo na revista Science, anterior à atual celeuma, Lahn disse que africanos e leste-asiáticos têm incidência mais baixa de dois genes relacionados à inteligência.
Para alguns autores, os judeus teriam inteligência privilegiada. É o caso do próprio Charles Murray e de Jon Entire, autor do livro Abraham´s Children; Race, Identy and the DNA of the Chosen People (As Crianças de Abrão; Raça, Identidade e o DNA do povo Eleito). Segundo Entire (que é Judeu), o QI de um judeu ashkenazi (da Europa Oriental) varia entre 107 e 115 pontos, enquanto a média da humanidade é de 100. O símbolo maior da tese é o físico Alemão Albert Einstein, criador da Teoria da Relatividade.

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